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Reflexões Além do Código #Four

Olá, pessoal! Bem-vindos a mais uma edição de “Reflexões Além do Código”.

Hoje um tema que amolece meu coração, INFORMAÇÃO!

O livro em questão é um clássico da ciência da informação, escrito por Thomas Davenport, chamado Ecologia da informação.

Esse livro se tornou especial pois o conheci durante a especialização em Inovação em unidades informacionais no ITI UFSCar (como eu adoro esse lugar, uma das melhores salas de aula que já estive na vida). O curso em si me trouxe a descoberta de um pertencimento sem tamanho e, durante as aulas dos professores Fernando e Paulo, Davenport foi muito citado. Ao receber a indicação do livro e ter a oportunidade de lê-lo, me senti como Ulisses retornando a Ítaca (opa! Filosofia é pra outra hora, foi mal.rs)

Apresentação: Livro da Vez

Título da Edição: Ecologia da Informação – Por que só a tecnologia não basta para o sucesso na era da informação

A informação significa poder ou não?

Nesse livro de 1998 (sim, você não leu errado), Davenport mostra, através de seus anos de consultoria e estudos relacionados a gestão da informação, como empresas aplicaram técnicas para gerenciar o enorme montante que nascia de informação (se naquela época já chamavam de grandes volumes, imagine agora.rs).

E o que ele diz?

Davenport nos conduz por um labirinto de reflexões e previsões, revelando verdades que ressoam ainda mais poderosamente nos dias de hoje. Em uma era onde a internet dava seus primeiros passos titubeantes e os computadores pessoais eram uma novidade exótica, Davenport antevia os desafios que nos aguardavam neste vasto oceano de bits e bytes.

Nesse trabalho, o autor nos alerta sobre a ilusão de que a tecnologia por si só seria capaz de nos guiar rumo ao sucesso na era da informação. Enquanto nos encantamos com os avanços da era digital (plataforma de dados, GenIA, computação quântica, pode escolher o seu hype favorito), Davenport nos lembra que é preciso mais do que ferramentas brilhantes para desvendar os mistérios do conhecimento.

Anos se passaram desde o lançamento deste manifesto pioneiro, e ainda nos encontramos imersos nos mesmos dilemas e desafios que Davenport tão perspicazmente delineou. Em um mundo onde a informação é abundante, mas o verdadeiro entendimento é escasso, Ecologia da Informação permanece como um farol de sabedoria, iluminando o caminho para aqueles que buscam compreender não apenas o que está diante de nós, mas também o que reside em nossos corações e mentes.

Pontos importantes que chamam atenção:

  • Uma obra atemporal que transcende o espaço: Descubra como navegar pelas ondas de dados que nos inundam, construir pontes entre departamentos e criar um ecossistema vibrante onde a informação flui livremente, irrigando o solo da inovação.
  • Desvende os mistérios da cultura organizacional: Aprenda a decifrar os códigos e valores que moldam o comportamento das pessoas em relação à informação. Tenha referências de como ser capaz de mediar conflitos e construir pontes entre diferentes visões de mundo.
  • Domine a arte da gestão da informação: Explore ferramentas e técnicas para organizar o caos, transformar dados em insights valiosos e gerar resultados concretos.

Enquanto nos encontramos em 2024, envolvidos em debates sobre privacidade digital, desinformação e sobrecarga de informação, é impossível não reconhecer a profunda relevância deste livro que, mesmo após tantos anos, continua a nos desafiar a repensar nossa relação com a informação e o conhecimento.

Citações preferidas

“Antes de conhecer qualquer tarefa, temos de aprender a fazer a pergunta: “De que tipo de informação necessito, sob que forma e quanto?” (…) As perguntas seguintes que as pessoas precisam aprender a fazer é: “A quem devo que tipo de informação? Quando e onde?”” (Peter Drucker)

“Os pesquisadores e profissionais da área de sistemas estão à procura daquilo que eles – e não os usuários – chamam de informação” (Brenda Dervin)

“Se você ouvir com atenção o que dizem os gerentes de processamento de dados ou os diretores de informação, verá que eles falam principalmente sobre como suas redes de alta tecnologia lidam bem com dados. É quase como ouvir arquitetos high-tech gabar-se de seus projetos: ficam tão entusiasmados com os projetos das casas que se esquecem de que famílias terão de morar nelas” (Michael Schrage)

“O sucesso, no gerenciamento da informação, é composto de cinco por cento de tecnologia e 95 por cento de psicologia” (Tom Peters)

Ficamos por aqui

Se conhecimento é poder, quão poderoso você é (ou quer ser)?

Reter conhecimento ou disseminar e integrá-lo as redes de colaboração. O que vale mais?rs

Passamos pela era da digitização, da digitalização e estamos na era do conhecimento.

Aprender sobre informação (e comunicação de tabela) é um trabalho para sonhadores e idealistas, para aqueles que acreditam no poder transformador da informação. Davenport faz um convite para repensar o papel da informação na sociedade e para construir um futuro mais próspero e sustentável (talvez aí esteja o verdadeiro poder).

Até a próxima!!!

“Em cada página virada, estamos nos construindo como pensadores, abrindo um portal para infindáveis possibilidades. Que nossos diálogos continuem a inspirar, conectar e transcender fronteiras. Juntos, elevaremos a narrativa além dos códigos.”

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