Olá, pessoal! Bem-vindos a mais uma edição de “Reflexões Além do Código”, onde tentamos provar que existe vida além das telas e que até mesmo um filósofo morto há mais de 2000 anos pode ter algo a dizer sobre sua crise existencial de segunda-feira ou seu burnout.
Hoje, vamos mergulhar em um livro que é praticamente o big bang do pensamento ocidental: “Sobre a alma” do mestre Aristóteles. Sim, aquele cara que fazia perguntas difíceis muito antes do cobol nascer ou de existir Google para ignorá-las. Aristóteles fez um dos primeiros debugs da vida real (não, não estou falando do seu super app revolucionário, estou falando da consciência humana mesmo).
Apresentação: Livro da Vez
Título da Edição: Sobre a alma
Imaginem um mundo onde as grandes questões da vida não podiam ser respondidas com um meme, um vídeo de 15 segundos (em pensar que um dia gostamos de assistir coisas com mais de 2 horas de duração), ou com sua GenIA favorita (sic). Chocante, eu sei. Quase tão chocante quanto perceber que Aristóteles conseguia pensar profundamente sem um smartphone para distraí-lo a cada 5 minutos (um abraço Rick Sanchez).
E o que ele diz?
Neste tratado filosófico, Aristóteles tenta fazer o que todo ser humano inquieto (acho que o termo engenharia pode caber aqui, mas no significado original) faz: tenta entender que diabos estamos fazendo aqui e como funcionamos. Só que em vez de fazer um twit (ou não. Enfim, não vou comentar), ele decidiu investigar a essência do ser humano, a nossa alma. Ambicioso? Sim. Maluco? Provavelmente (quem nunca?). Relevante ainda hoje? Assustadoramente.
Alguns pontos que me fizeram questionar se não estou desperdiçando meu tempo assistindo vídeos de gatos quando poderia estar aprendendo alguma coisa:
- A alma como essência do ser: Aristóteles argumenta que a alma é para o corpo o que o molho é para o macarrão – sem um, o outro é só… bem, uma massa sem graça.
- Níveis da alma: Ele propõe uma arquitetura em camadas para a alma: vegetativa, sensitiva e racional. É como se fôssemos uma cebola existencial, cada camada mais complexa que a anterior. A vegetativa é aquela parte de nós que funciona no automático, é tipo um kernel (todo mundo tem, mas ninguém sabe direito como funciona).
- O intelecto ativo e passivo: Aristóteles fala de dois tipos de intelecto. O passivo é aquele que absorve informação, tipo quando você decora coisas ou parecido com aquele estagiário que só copia e cola código. O ativo é o que realmente processa e entende as coisas, como quando você finalmente percebe o que aquela música realmente significa (e se arrepende de ter cantado tão alto no karaokê) ou um dev sênior que realmente entende o que está fazendo (uma espécie rara, dizem).
- A alma como princípio de vida: Para Aristóteles, a alma é o que faz um ser vivo, viver. Basicamente, é o que nos separa de ser apenas um saco muito complicado de carne e ossos.
- Percepção e conhecimento: Ele argumenta que todo conhecimento começa com a percepção. O que explica por que é tão difícil convencer as pessoas de algo que elas não querem ver (e, claramente, ele nunca teve que lidar com requisitos de clientes. Ou eu que sou burro mesmo.rs).
Ao longo do livro, vamos sendo dragados para fora da matrix (ou dentro, tudo é uma questão de perspectiva). É um livro curto, porém absurdamente amplo.
Citações preferidas
“A alma é, num certo sentido, todos os seres” (Ou seja, somos todos um pouquinho de tudo, inclusive daquela pessoa irritante que você dá bom dia, mesmo não querendo.rs).
“O que é belo é difícil” (Tradução moderna: Se fosse fácil, todo mundo seria filósofo… ou influencer).
“A natureza não faz nada em vão” (Exceto criar linguagens que ninguém usa).
“Nem é o desejo o determinante desse movimento; é que os homens que não sofrem de imoderação, embora sintam desejos e apetites, não fazem aquilo de que possuem desejo – eles obedecem, antes, ao entendimento.” (Tradução moderna: Basicamente, Aristóteles está dizendo que ter autocontrole é o que nos separa de sermos apenas um amontoado de impulsos com conta no Instagram. Quem diria que resistir àquela notificação às 3 da manhã nos tornaria mais sábios?)
Ficamos por aqui
Como “pensadores” da era moderna (ou pelo menos pessoas que ocasionalmente pensam entre uma notificação e outra), estamos constantemente tentando entender sistemas complexos. Mas e se o sistema mais complexo de todos estiver dentro de nós?
Talvez o verdadeiro superpoder nos dias de hoje não seja dominar a última tecnologia, mas entender o que nos faz humanos. Quem sabe, aquele seu momento de devaneio olhando pela janela não seja apenas procrastinação, mas uma profunda investigação filosófica?
Este livro é um lembrete poderoso de que as grandes questões da existência humana não mudaram muito nos últimos 2300 anos. A única diferença é que agora temos memes para expressar nossa confusão existencial (e sempre cabe a máxima, uma imagem “pode” valer mais que mil palavras. Bom, com certeza vale mais que 200 caracteres.rs).
Que tal abraçarmos nossa natureza filosófica? Vai que aquela sua tendência a questionar tudo (incluindo por que diabos o cliente quer MAIS UMA alteração no layout) seja exatamente o que você precisa para se tornar o próximo grande pensador da era digital?
Espero que tenham gostado e se inspirem em compartilhar (a informação só representa riqueza quando compartilhada). Incentivo a postarem livros que gostem!!!
Se for de seu agrado, deixe nos comentários sugestões de livros (a promessa de leitura será simbólica, minhas estantes estão arriando de tanto material pra ler ainda, senhor!!! Rs).
Até a próxima!!!
“Em cada página virada, estamos nos construindo como pensadores, abrindo um portal para infindáveis possibilidades. Que nossos diálogos continuem a inspirar, conectar e transcender fronteiras. Juntos, elevaremos a narrativa além dos códigos.”
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